quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Visita de Estudo ao Museu de Arqueologia de Albufeira - relatório da actividade



Aos vinte e oito dias do passado mês de Novembro, foi realizada uma visita de estudo ao Museu Arqueológico de Albufeira. Estiveram presentes, nesta visita, vinte e sete alunos das turmas B e C do 7.º ano de escolaridade. Esta actividade enquadrou-se nos conteúdos programáticos da disciplina de História, relacionados com o Paleolítico (hominização, recolecção e nomadismo) e as Culturas Neolíticas (economia produtora e a sedentarização).



Chegados ao Museu, foram distribuídos pelos alunos um folheto/guia do Museu, que ilustra o acervo arqueológico e patrimonial daquele espaço. Na presença do espólio exposto, os alunos foram reforçando conteúdos e conteúdos anteriormente trabalhados nas aulas. Esta actividade vivenciada, na presença de um espólio diversificado contribuiu para que os alunos pudessem problematizar as anteriores aprendizagens e, consequentemente, contextualizá-las num determinado período histórico, de modo a concluir como era possível, no Paleolítico, aos nossos mais longínquos antepassados viver em meios tão inóspitos e superar essas dificuldades com a evolução das técnicas (Domínio e Fabrico do Fogo, a Caça, o Fabrico de Instrumentos).



Já no Neolítico, os alunos aperceberam-se das mudanças radicais na vida do homem, com a invenção da agricultura e a domesticação de animais, que contribuiram decisivamente para a Sedentarização e a Economia Produtora e o surgimento de novas técnicas (cerâmica, cestaria, tecelagem, que revolucionaram a vida do homem a partir do décimo milénio antes de Cristo.
Acresce adiantar, que os alunos acabaram por contactar com um espólio arqueológico e histórico de épocas mais recentes (Romanização, Civilização Islâmica e Idade Média), para compreenderem o impacto de diversas culturas e civilizações no espaço que hoje temos o privilágio de vivenciar.
Na sequência da visita de estudo, os alunos reflectiram e debateram na aula seguinte sobre a importância da referida visita, pelo que lhes foi possível ler excertos do Guia do Museu Municipal de Arqueologia.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Correcção do Teste de Avaliação n.º1

Grupo 1
Frase 1 - Hominídeo; Frase 2 - Fonte Histórica; Frase 3 - Arqueologia; Frase 4 - Pré-História; Frase 5 - História; Frase 6 - Paleolítico.

Grupo 2

2.1. Feita na aula

2.2. A - 1385 - Séc. XIV; B - 1483 - Séc. XV; D - 476 - Séc. V; E - 1996 - Séc. XX.

Grupo 3
3.1. A - Australopiteco; B - Homo Hábilis; C - Homo Erectus; D - Homo sapiens; E - Homo sapiens-sapiens.
3.2. O Homo sapiens (hominídeo D) é evoluído e revela verticalidade e é erecto. Tem uma caixa craniana superior a 1500 cm3, o que o torna inteligente e tem maxilares desenvolvidos. Era demasiado corpulento. Era totalmente bípede.
O Hominídeo A (Australopiteco) era o mais arcaico e menos evoluído. Não era totalmente bipede, porque era ainda meio encurvado. A caixa craniana era de 450 cm3 aproximadamente, o que o não tornava muito inteligente. Era de estatura baixa.
3.3. O Hominídeo B era designado de Homo Hábilis, porque foi o primeiro a construir objectos, já que evidenciava inteligência, pois tinha uma caixa craniana de 750 cm3. Conseguia articular o polegar aos outros dedos com as funções do cérebro, e por isso, era capaz de fabricar os seus instrumentos, pelo que era já habilidoso.
3.4. O Cro-Magnon era do tipo Homo sapiens-sapiens.
3.5. Frase 1 - Biface; Frase 2 - Lascagem; Frase 3 - Bipedia; Frase 4 - África; Frase 5 - Australopiteco; Frse 6 - Arte Rupestre; Frase 7 - Nomadismo; Frase 8 - Recolecção; Frase 9 - Fogo; Frase 10 - Homo Erectus.

Grupo 4
4.1. O fogo libertou o homem do domínio da natureza porque com ele foi possível o aquecimento face o frio e serviu de iluminação durante a noite, quer nas grutas quer nas tendas.
O fogo foi importante para a defesa do homem, face os animais selvagens, já que os afastava. Contribuiu para cozinhar os alimentos, que se tornavam mais suculentos, comestíveis e saudáveis.
O fogo permitiu a socialização e a vida em grupo. A comunicação e a linguagem desenvolveram-se e estabeleceram-se laços de afectividade, que estão na origem das primeiras famílias e da sexualidade humanas.
4.2.1. Os instrumentos são: A - Biface; B - Seixo Quebrado; C - Propulsor; D - Agulha; E - Arpão.
4.2.2. Os materiais utilizados eram: pedra (silex, obsidiana), ossos, marfim, madeira.
4.2.3. O seixo quebrado e o biface serviam para triturar e rasgar a carne; o propulsor era para lançar setas, nas caçadas. O arpão de osso servia para a pesca e a agulha de osso para coser as peles.

Questão 5
5.1. Os animais representados estavam relacionados com a caça, a saber: cavalos, bisontes, mamutes, renas e auroques (bovídeos).
5.2. Chamava-se arte rupestre porque utilizava a pedra como suporte e era parietal porque surgia nas paredes das cavernas e grutas.
5.3. As grutas mais importantes onde surgia a arte rupestre eram: Altamira (Espanha); Lascaux, Dordonhe e Niaux (França) e Escoural (Sul de Portugal).
5.4. As Vénus eram estatuetas móveis, femininas, que simbolizavam a fertilidade e a fecundidade (da mulher e dos animais), já que a mulher perpetuava a espécie e a fertilidade animal garantia a sobrevivênvia do homem.
5.5. Só a frase 1 é que está errada, porque o australopiteco limitava-se a utilizar pedras e paus, já que ainda não fabricava instrumentos.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

A Sociedade de Ordens, o Absolutismo e a Arte Barroca

Ficha 13 do caderno de Actividades - proposta de resolução

1.1. Doc. 1 - Clero; Doc. 2 - Povo (Terceiro Estado) e Doc. 3 - Nobreza.

1.2. 1.ª frase - Povo (Terceiro Estado; 2.ª frase - Nobreza e 3.ª frase - Burguesia.

1.3. A Sociedade de Antigo Regime era trinitária porque era constituída por três ordens ou grupos sociais distintos: Clero, Nobreza e Povo, que se distinguiam pelo nascimento, pelas funções, direitos, deveres, forma de vestir e tratamento. Por outro lado, era uma sociedade hierarquizada porque cada ordem repartia-se por outros grupos ou níveis, de acordo com a importância que tinham no seio dessa mesma ordem. Assim, os grupos sociais dispunham-se de acordo com o seu estatuto, nível e funções bem diferenciados.

2.1. O regime político a que se reporta o documento é o Absolutismo, poder ilimitado e concentrado nas mãos dos monarcas,já que era um poder de origem divina.

2.2. D. João V, como monarca absoluto, reforçou o seu poder subordinando as ordens privilegiadas (Clero e Nobreza), limitando-lhes o poder. Impôs a sua autoridade indiscutivelmente, sem consultar as cortes, concentrando todos os poderes (político, económico) nas suas mãos.

2.3. Com o Ouro do Brasil D. João V manteve uma corte faustosa e de grande esplen-dor e etiqueta, imitando o Rei-Sol de França. Enviou embaixadas as estrangeiro com coches de luxo para ostentar o seu poder. Organizou festas grandiosas, atribuiu pensões às ordens privilegiadas para as manter sob a sua alçada e mandou construir grandes obras, tais como: o Convento/Palácio de Mafra, o Aqueduto de Aguas Livres e mais de três centenas de igrejas, em talha dourada e azulejo.

Portugal na Europa do Antigo Regime

Solução da Ficha n.º 12 do Caderno de Actividades

1. As palavras, pela ordem, para completar o texto, são: Inglaterra, Holanda, agricultura, dinâmico, colonial, azeite, vinho e sal..

2.1. No Prato Esquerdo da Balança deve escrever-se Exportações, pois como está para baixo, significa que as exportações pesam mais; no Prato da Direita, com menos peso e mais para cima, escreve-se Importações,pois o seu valor é inferior ao das exportações. Por isso, a balança Comercial é Positiva ou Favorável.

2.2. A política em causa é o Mercantilismo.

2.3. Para atingir esses objectivos, os países (de acordo com as ideias de Jean Colbert, que era ministro do rei Luís XIV)deveriam proteger a economia, através da criação de indústrias e as companhias de comércio, de modo a estimular o aumento das exportações e, para evitar as importações, impunham-se taxas alfandegárias (nas fron-teiras)e criavam-se as Leis Pragmáticas, que proibiam a importação de artigos de luxo. Para isso, os governos concediam subsídios, possibilitavam a isenção de impos-tos, e contratavam técnicos estrangeiros especializados. Só com estas medidas era possível manter uma balança Comercial Favorável.

2.4. A Balança Comercial Portuguesa em 1670 estava deficitária (saldo negativo) devido à concorrência da Inglaterra, França e Holanda face ao açúcar e tabaco brasileiros. Devido a isso, as importações sobrepuseram-se às exportações daqueles produtos que não arranjava compradores no estrangeiro.

2.5. Como a Inglaterra, a França e a Holanda também começaram a produzir cana-de-açú-car,deixaram de nos comprar esses produtos, o que levou à acumulação de stocks, sem comprador, e levou - consequentemente - a uma acentuada baixa dos preços, que esteve na origem de uma crise económica, em Portugal.

2.6. Face a Crise de 1670, o Conde da Ericeira (D. Luís de Meneses), ministro de D. Pedro II, introduziu as ideias mercantilistas em Portugal, de modo a reequilibar a balança comercial. Com esse objectivo, criou manufacturas de texteis, sedas, chapéus, vidro e ferro, sobretudo nas cidades da Covilhã, Guarda, Portalegre e Fundão. Possibilitou a importação de equipamentos e técnicos estrangeiros especia-lizados, concedeu subsídios benefícios fiscais aos empresários e impôs as Leis Pragmáticas, para limitar as importações, de modo a permitir uma balança Comercial favorável.

2.7. O Conde da Ericeira inspirou-se no modelo francês, o Mercantilismo, defendido por Jean Colbert.

3.1. O documento 6 refere-se ao Tratado de Methuen, assinado em 1703, entre Portugal e Inglaterra.

3.2. Tanto este Tratado como a descoberta de Ouro e Diamentes no Brasil, contribuíram para o abandono da política mercantilista iniciada pelo Conde da Ericeira. O ouro contribuiu para o pagamento das dívidas ao estrangeiro (pagamento de produtos estrangeiros) e para manter o luxo da Corte de D. João V (o Magnânimo), o nosso Rei-Sol. Esse ouro não era investido no sector produtivo (agricultura e indústria). Paralelamente, com a assinatura do tratado de Methuen, ao importarmos texteis ingleses de melhor qualidade abandonámos a política manufactureira. As nossas exportações de vinhois, mesmo com taxas de entrada nos mercados ingleses mais baixas, não superavam as importações de produtos ingleses manufacturados, ficando Portugal mais dependente dos produtos ingleses, dando origem a um défice comercial, face a Inglaterra.

Resolução da Ficha 11 do Caderno de Actividades

A Economia Atlântica e a Restauração

1.1. A partir do documento, as razões da insatisfação dos portugueses face à União Dinástcia foram: subida dos impostos; Portugal é obrigado a contribuir para as despesas de guerra de Espanha, recrutamento de portugueses para guerras na Europa e nomeação de castelhanos para cargos em Portugal.
1.2. Estas razões colidem com o que ficou determinado e prometido nas Cortes de Tomar, em 1581, que Filipe II havia assinado e nas quais se comprometia a não subir os impostos sem consultar as cortes e a garantir que fossem somente portugueses a ter cargos em Portugal e nas colónias, além de se manter o português como lingua oficial e manter-se a nossa moeda.
1.3. O acontecimento marcante da História de Portugal que teve lugar no dia 1 de De- zembro de 1640 foi a Restauração Portuguesa, após 60 anos de domínio filipi-no/espanhol. Os 40 conjurados (nobres revoltosos) tomaram o Palácio e prenderam a Duquesa de Mântua, representante de Filipe IV em Portugal. Aclamaram o 8.º Duque de Bragança (neto de D. Catarina) como Rei de Portugal, com o título de D. João IV, que iniciou, assim, a 4.ª Dinastia (de Bragança)em Portugal, que durou até 1910, quando em 5 de Outubro desse ano, foi proclamada a República.
2.1. Engenho era a propriedade de grandes extensões com plantação de cana-de-açúcar e um conjunto de equipamentos utilizados para produzir açúcar, no Brasil dos séc.XVII-XVIII.
2.2. As partes de um Engenho são: o Engenho (equipamentos fabris de confecção do açúcar); a Senzala (área de palhotas onde residem os escravos); a Casa Grande (Habitação dos Donos/Capitães do Engenho).
3.1. O aumento de interesse dos Portugueses pelo comércio atlântico, a partir dos finais do séc. XVI, prende-se com a decadência do Império Português do Oriente e, consequentemente, o auge do comércio espanhol nas Américas. Perdida a Rota do Cabo, para o Oriente, Portugal intromete-se nas rotas comerciais espanholas e vira-se para o Brasil, no Oceano Atlântico.
3.2. Ver mapa da pág. 83 do manual.
3.3. O desenvolvimento económico do Brasil prende-se com a exploração de novas culturas, sobretudo a cana-de-açúcar e o tabaco. Para isso, no contexto do comércio triangular, no Atlântic, entre a Europa, a África e as Américas, iam obter-se escravos a África para trabalhar como mão-de-obra nas explorações dos Engenhos, pois eram vitais para o desenvolvimento económico do Brasil, na medida em que os Índios não se adaptavam a esse trabalho.
3.4. A Restauração da Independência prende-se com a exploração económica do Brasil, pois desta colónia chegavam as matérias-primas (açúcar, tabaco, café, madeiras) para a Metrópole, que as utilizava para pagar as suas dívidas ao exterior. Por outro lado, a descoberta de Ouro e de Diamentes contribuiu para manter o luxo da Corte e pagar as despesas ao estrangeiro.

domingo, 20 de abril de 2008

Dos Impérios Europeus à Restauração e ao Mercantilismo - como estudar


Para estudares, com algum método, elabora as palavras cruzadas da Ficha 10 do teu caderno de actividades, na página 44.
De seguida, tenta realizar as outras questões dessa ficha e, ainda, as fichas 11 (pág. 46 e 47) e 12 (pág. 51 e 52), do mesmo Caderno de Actividades.
Procura resolver todas estas fichas com o apoio do teu livro, do seguinte modo:
FICHA 10: págs. 78 a 80 (lê os textos e observa as imagens);
FICHA 11: págs. 84 e 85 (adopta os mesmos instrumentos do livro para realizares esta ficha);
FICHA 12: págs. 94 a 98. Pede o apoio dos teus pais ou do professor que dá Estudo Acompanhado.
Na próxima 5.ª feira, colocarei as correcções destas fichas, para estudarem para o teste e a ficha de avaliação.

Um dia como mulher do Capitão








Eu sou a senhora D. Fátima Marques, esposa do Capitão Manuel Fernandes. Com ele, tive dois filhos: a Victória e o Vasile.
Normalmente o meu dia consiste em acordar um pouco depois do meu esposo, logo pelo romper da aurora. Trato da minha higiene pessoal com o auxílio da minha escrava pessoal, que me auxilia a vestir, a pentear e a calçar. Já pronta, saio do meu quarto e dirigo-me para a sala de jantar, onde tomo a refeição da manhã, na companhia dos meus dois filhos.
De seguida, os meus filhos têm aulas particulares em casa. Por isso, aguardo junto deles pelo professor/tutor. Chegado este, vou dar um passeio pelos campos para certificar-me se está tudo bem. Regresso a casa para ter a certeza se as aulas dos meus filhos decorreram sem incidentes. Então, para evitar a rotina da Fazenda e do Engenho, onde habito, peço a uma escrava que me leve até à cidade mais próxima para fazer algumas compras (tecidos europeus, perfumes de França e enchidos da metróplole).
Para surpresa minha, ao sair de uma das lojas, encontro-me com a minha amiga Genoveva, a esposa do Capitão Paulo. Depois de uma breve conversa, convido-a a jantar comigo, na companhia do seu esposo. Aceite o convite, despeço-me e volto a casa, numa liteira, carregada por quatro escravos.
Chegada a casa, e após verificar que os meus filhos realizaram os seus trabalhos escolares, vou à cozinha e dou instruções para ser servido o jantar aos visitantes.
Entretanto arranjo algum tempo para a leitura de um livro. O meu filho Vasile vai ao terreiro para brinacar, enquanto a Victória se abeira de mim para me dizer que está apaixonada por um escravo. Receio por ela,porque o pai nunca admitiria uma relação destas. Mas,mesmo assim, encorajo-a a seguir em frente, com os seus sentimentos, se o amar de verdade.
Ao anoitcer, na companhia dos meus filhos e esposo, recepcionamos os convidados: o Capitão Paulo e a sua esposa, D. Genoveva, que são encaminhados para a sala de estar a fim de conversarmos um pouco, enquanto se dão os últimos preparos para o jantar.
A escrava Beatriz acaba de informar que a refeição está pronta. De imediato passamos para a sala de jantar que consta de aves exóticas assadas, sucos de manga e paia, para as crianças, e vinho português para os adultos.
Ne novo na sala de espera, conversamos um pouco mais até que, pelo adiantado da hora, os visitantes se afastam, com destino a sua casa, após os mais cordiais agradecimentos e despedidas, entre ambas as famílias.
De repente já são horas de dormir. Então, vamo-nos todos deitar. Despeço-me, antes dos meus filhos que felizes se retiram e, assim, repousamos todos de um sono recon-fortante, até ao dia seguinte.

Fátima Marques, n.º 6, 8.º ano - turma A.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

quarta-feira, 16 de abril de 2008

RESTAURAÇÃO PORTUGUESA


Completa as palavras cruzadas, ao lado. Não te esqueças de ampliar a imagem, para melhor a visualizares.

COLBERTISMO


Completa os espaços em branco, do texto ao lado. Guia-te pelo teu livro, na pág. 96. Para melhor leres o texto, carrega sobre ele, para ficar mais ampliado.

Mercantilismo


Preenche o Crucigrama, ao lado, relativo ao Mercantilismo/Colbertismo. Não te esqueças de carregar sobre ele, para ficar mais ampliado. A seguir, e com a ajuda do teu manual, tenta fazer um texto sobre o mercantilismo, partindo dos conceitos que encontraste.

O REGRESSO AO ATLÂNTICO


Depois de resolvido o problema, tenta - com a ajuda do teu manual ou um dicionário - encontrar o significado das palavras e conceitos seguintes: Engenho, Comércio Triangular, Bandeirantes.

Ao carregares na Sopa de Letras, esta fica mais ampliada.


A Sociedade de Antigo Regime

Lê o seguinte texto com atenção. Se necessário, consulta um dicionário. De sequida, completa o esquema, que se encontra a seguir ao texto, e que tem a ver com os diversos estratos (níveis) de cada Ordem (Estado) Social, da Sociedade de Antigo Regime, no séc. XVIII. Não te esqueças que o texto ajuda-te a preencher o esquema. Se carreagares ou no texto, ou na figura, ambos ficam mais ampliados, para melhor leitura e análise.

FACTORES/Causas da Restauração Portuguesa


Tenta encontrar na sopa de letras as palavras indicadas (Filipe III, Revolta Manuelinho, Pirataria, Impostos, Motins, Dinastia de Bragança, Alterações de Évora, Real de Água, 1640, Revoltas, Rendas), relativas aos factores que estiveram na origem da Restauração Portuguesa, em 1640.De seguida tenta fazer, no teu caderno, ou no comentário deste texto, a tua opinião sobre as causas da Restauração. Se carregares na sopa de letras, esta fica mais ampliada, para trabalhares mais facilmente.





João - Capitão de um Engenho de cana-de-açúcar


Era um dia claro, com um sol radiante. Sou comerciante, dono de vastas plantações de cana-de-açucar. Hoje decido ir ao outro lado do Brasil, visitar o Capitão Manuel Amorim.

Sempre fui um comerciante contra o abuso imposto aos escravos, mas desde sempre conheci o Capitão Manuel Amorim como um homen bom.

Quando lá cheguei, vi coisas incríveis. A um poste estava preso um escravo negro, atado pelo corpo todo, à excepção das suas costas. Atrás de si, estava um lavrador que, de imediato e pelos gritos, percebi que se chamava Vasyl, com um enorme chicote a açoitar um escravo. Este tinha faltado ao respeito do Capitão, pois cada vez que levava uma chicotada, gritava e pronuncia-va ofensas ao Capitão e ao lavrador.

A senzala, que não ficava muito longe do poste, era grande e feita em madeira e outros materiais, com correntes para que os escravos não saíssem de lá. De dentro das palhotas ouviam-se alguns gritos a chamar pelo Aladje. De imediato percebi que era o escravo acorrentado ao poste.

Sempre tive boa impressão da mulher do Capitão e dos seus dois filhos. Sei que eles detestavam ver escravos a ser maltratados. Quando olhei para a enorme casa, vi-os a chorar. Fui ter com eles, que me disseram que o Aladje era um bom homem e que, por isso, não deveria ser mal tratado.

Depois do escravo ter sido açoitado, dirigi-me ao Capitão Manuel e fiz-lhe a proposta de trocar o Aladje por cem paus de cana-de-açúcar e o lavrador Vasyl por duzentos .

O Capitão respondeu-me de imediato que trocaria o Vasyl, mas a proposta pelo Aladje era de todo impossível. Fiquei muito triste pela resposta, mas insisti no negócio, dizendo que trocaria o Aladje por todas as minha plantações existentes em Brasília. O Capitão Manuel rindo-se, disse-me que eu deveria estar doido ao pretender trocar todas as minhas terras por um escravo inútil. Afirmou-me ainda que tinha dinheiro de sobra, pelo que negou a minha proposta.

Como conheço muito bem o Capitão Manuel, que sempre se deitava cedo, à noite fui à sua mansão e combinei com a sua filha Victória para me dar as chaves da senzala, com um intuito de roubar o Aladje e levá-lo para a minha casa. Também sabia que o lavrador Vasyl já não rondava a Casa Grande do Capitão, pois já me pertencia. Por isso, foi fácil pegar no Aladje que gemia muito de dores. Consegui removê-lo da senzala com alguma dificuldade, pois era muito pesado.

Este episódio acabou por me ser útil, já que no dia seguinte dei uma carta de alforria (libertação) aos meus escravos, que de imediato seguiram para os seus países de origem.


João Cruz,

8.º Ano - A, n.º 10

Brendo - o filho ilegítimo



Estamos em 1692, no Rio de Janeiro. Chamo-me Brendo e sou filho ilegítimo do Capitão, dono do Engenho.
Vou contar-lhes a minha história:

A minha mãe foi trazida de África para se tornar escrava. Chegada ao Brasil, trabalhava para o Capitão na sua enorme casa, como doméstica. Lavava as roupas do Capitão e da família, fazia a comida e limpava a casa.
O Capitão, apesar de ter a sua mulher, dormia sempre com as suas escravas. Foi dum fortuito encontro amoroso que eu nasci. A esposa do Capitão era muito bonita e era branca; mas o Capitão gostava da minha mãe, mesmo sendo negra.

Nasci naquele ano, e como todo o mulato, fui tratado com mais respeito, tendo acesso ao estudo e ser respeitado. Pude aprender a ler e a escrever.

Gostaria de ser comerciante, para negociar com os índios e obter diamantes e ouro no sertão. Contudo, não quero saber de trabalhar, pois sou um pouco preguiçoso.

Na casa do meu pai - o Capitão Manuel - havia de tudo: comida, roupa e, às vezes, dinheiro. Eu não queria ficar naquela casa. O meu pai, depois do parto, mandou a minha mãe para a senzala. Ela muito triste, tentou raptar-me e fugir da fazenda.

Como era de esperar, foi apanhada e atada ao poste, onde eram castigados os escarvos que tentavam evadir-se do Engenho.

A minha mãe foi atada e chicoteada, não aguentou e morreu.

Na sequência deste facto, tenho raiva do meu pai, que continua a dormir com as suas outras escravas.


Brendo Barreiros,

8.º ano - A, n.º 4.

História da Amante Negra do Capitão


Chamo-me Beatriz, escrava pessoal da senhora D. Fátima e amante do Capitão Manuel Fernandes. tenho dois filhos chamados Brendo e Felipe.
Habito na senzala , mas responsabilizo-me pela Casa Grande do Capitão, onde trato da roupa, confecciono a comida e cuido dos filhos da senhora D. Fátima.
O meu dia começa muito cedo, pelas cinco da manhã, pois tenho que preparar o pequeno-almoço dos patrões, que se baseia em frutos tropicais (manga, papaia, maracujá), bolos de leite e coco, leite fresco, acabado de ordenhar da vaca.
Quando os senhores saiem, vou arrumar-lhes os seus aposentos.
Esse dia foi diferente, pois a filha do capitão contou-me que estava, então, apaixonada pelo meu filho Brendo. Nem eu nem o Capitãoachamos grande ideia esse facto, pois eles são irmãos e não têm conhecimento disso. O Capitão pôs a sua filha de castigo, fechada no quarto, durante uma semana sem ver ninguém. Somente as escravas aí entravam, já que o Capitão a proibiu de sair do quarto, até para comer.

Já ao final do dia, servi o jantar e, como sempre, elogiaram-me pelo saboroso banquete que preparei...

Depois desse banquete, tive uma conversa com o Capitão, que pensava que eu tinha "saudades" de estar com ele, mas trouxe-o à realidade e expliquei-lhe a gravidade da situação.

O Capitão Manuel Fernandes só pretendia saber como a comunidade iria reagir depois de saber que uma rapariga branca, de uma classe alta, se envolvveria com um escravo de origem negra.

Depois desta conversa, fui ter com o meu filho Brendo para lhe explicar a situação, acabando por afirmar que teria de evitar os encontros com a filha do Capitão.

depois de toda a família se retirar para os seus aposentos, fui para a senzala, onde havia uma festa, em que todos dançaram, beberam e se divertiram...
até que .... o capitão apareceu e acabou de imediato com a divertida festa.

Beatriz Carrilho,


8.º Ano - turma A, n.º 3.

Mais um dia no Engenho de Açúcar


Voltei ao século XVII para contar um dia da minha vida.
Logo de manhã, às seis horas, ainda o sol não estava no horizonte, veio ter comigo o chefe branco a chamar-me para a lavoura da cana-de-açúcar.
Antes de iniciar esse dia tão árduo de trabalho, passei pelo terreiro a citar o nome de Alá, com o objectivo de Lhe pedir forças para mais um dia, pois sou um escravo africano, dependente de colonos portugueses.
Fogo!... passo a manhã toda a fazer trabalhos sujos e pesados e, à hora de almoço, o lavrador branco traz-me um mísero prato de farinha de mandioca para acompanhar com água.
Quando esse colono me passou o prato à minha frente, cuspi na comida. O lavrador quis obrigar-me a comer aquilo. Eu, oferecendo-lhe resistência, atirei-lhe com o prato à cara e maltratei-o com alguns gestos de capoeira, que treino à noite com os meus amigos na senzala.
Agora, acorrentado a um poste, num quarto escuro, aguardo a pena à qual serei sujeito, por ter feito justiça com as minhas próprias mãos.
Provavelmente o meu castigo será levar cem chicotadas e ficar uma semana sem almoço e comi-da. Que injustiça esta, a minha vida como escravo... Lá na "N'ha Terra", eu era mais livre do que qualquer pássaro a voar no céu.
Estou p'ra aqui a pensar, e quando assentar o pó no galinheiro, vou fugir e ter com os meus amigos livres, escondidos no sertão.


Aladje Fati
8.º ano - turma A, n.º 1.