sexta-feira, 2 de maio de 2008

A Sociedade de Ordens, o Absolutismo e a Arte Barroca

Ficha 13 do caderno de Actividades - proposta de resolução

1.1. Doc. 1 - Clero; Doc. 2 - Povo (Terceiro Estado) e Doc. 3 - Nobreza.

1.2. 1.ª frase - Povo (Terceiro Estado; 2.ª frase - Nobreza e 3.ª frase - Burguesia.

1.3. A Sociedade de Antigo Regime era trinitária porque era constituída por três ordens ou grupos sociais distintos: Clero, Nobreza e Povo, que se distinguiam pelo nascimento, pelas funções, direitos, deveres, forma de vestir e tratamento. Por outro lado, era uma sociedade hierarquizada porque cada ordem repartia-se por outros grupos ou níveis, de acordo com a importância que tinham no seio dessa mesma ordem. Assim, os grupos sociais dispunham-se de acordo com o seu estatuto, nível e funções bem diferenciados.

2.1. O regime político a que se reporta o documento é o Absolutismo, poder ilimitado e concentrado nas mãos dos monarcas,já que era um poder de origem divina.

2.2. D. João V, como monarca absoluto, reforçou o seu poder subordinando as ordens privilegiadas (Clero e Nobreza), limitando-lhes o poder. Impôs a sua autoridade indiscutivelmente, sem consultar as cortes, concentrando todos os poderes (político, económico) nas suas mãos.

2.3. Com o Ouro do Brasil D. João V manteve uma corte faustosa e de grande esplen-dor e etiqueta, imitando o Rei-Sol de França. Enviou embaixadas as estrangeiro com coches de luxo para ostentar o seu poder. Organizou festas grandiosas, atribuiu pensões às ordens privilegiadas para as manter sob a sua alçada e mandou construir grandes obras, tais como: o Convento/Palácio de Mafra, o Aqueduto de Aguas Livres e mais de três centenas de igrejas, em talha dourada e azulejo.

Portugal na Europa do Antigo Regime

Solução da Ficha n.º 12 do Caderno de Actividades

1. As palavras, pela ordem, para completar o texto, são: Inglaterra, Holanda, agricultura, dinâmico, colonial, azeite, vinho e sal..

2.1. No Prato Esquerdo da Balança deve escrever-se Exportações, pois como está para baixo, significa que as exportações pesam mais; no Prato da Direita, com menos peso e mais para cima, escreve-se Importações,pois o seu valor é inferior ao das exportações. Por isso, a balança Comercial é Positiva ou Favorável.

2.2. A política em causa é o Mercantilismo.

2.3. Para atingir esses objectivos, os países (de acordo com as ideias de Jean Colbert, que era ministro do rei Luís XIV)deveriam proteger a economia, através da criação de indústrias e as companhias de comércio, de modo a estimular o aumento das exportações e, para evitar as importações, impunham-se taxas alfandegárias (nas fron-teiras)e criavam-se as Leis Pragmáticas, que proibiam a importação de artigos de luxo. Para isso, os governos concediam subsídios, possibilitavam a isenção de impos-tos, e contratavam técnicos estrangeiros especializados. Só com estas medidas era possível manter uma balança Comercial Favorável.

2.4. A Balança Comercial Portuguesa em 1670 estava deficitária (saldo negativo) devido à concorrência da Inglaterra, França e Holanda face ao açúcar e tabaco brasileiros. Devido a isso, as importações sobrepuseram-se às exportações daqueles produtos que não arranjava compradores no estrangeiro.

2.5. Como a Inglaterra, a França e a Holanda também começaram a produzir cana-de-açú-car,deixaram de nos comprar esses produtos, o que levou à acumulação de stocks, sem comprador, e levou - consequentemente - a uma acentuada baixa dos preços, que esteve na origem de uma crise económica, em Portugal.

2.6. Face a Crise de 1670, o Conde da Ericeira (D. Luís de Meneses), ministro de D. Pedro II, introduziu as ideias mercantilistas em Portugal, de modo a reequilibar a balança comercial. Com esse objectivo, criou manufacturas de texteis, sedas, chapéus, vidro e ferro, sobretudo nas cidades da Covilhã, Guarda, Portalegre e Fundão. Possibilitou a importação de equipamentos e técnicos estrangeiros especia-lizados, concedeu subsídios benefícios fiscais aos empresários e impôs as Leis Pragmáticas, para limitar as importações, de modo a permitir uma balança Comercial favorável.

2.7. O Conde da Ericeira inspirou-se no modelo francês, o Mercantilismo, defendido por Jean Colbert.

3.1. O documento 6 refere-se ao Tratado de Methuen, assinado em 1703, entre Portugal e Inglaterra.

3.2. Tanto este Tratado como a descoberta de Ouro e Diamentes no Brasil, contribuíram para o abandono da política mercantilista iniciada pelo Conde da Ericeira. O ouro contribuiu para o pagamento das dívidas ao estrangeiro (pagamento de produtos estrangeiros) e para manter o luxo da Corte de D. João V (o Magnânimo), o nosso Rei-Sol. Esse ouro não era investido no sector produtivo (agricultura e indústria). Paralelamente, com a assinatura do tratado de Methuen, ao importarmos texteis ingleses de melhor qualidade abandonámos a política manufactureira. As nossas exportações de vinhois, mesmo com taxas de entrada nos mercados ingleses mais baixas, não superavam as importações de produtos ingleses manufacturados, ficando Portugal mais dependente dos produtos ingleses, dando origem a um défice comercial, face a Inglaterra.

Resolução da Ficha 11 do Caderno de Actividades

A Economia Atlântica e a Restauração

1.1. A partir do documento, as razões da insatisfação dos portugueses face à União Dinástcia foram: subida dos impostos; Portugal é obrigado a contribuir para as despesas de guerra de Espanha, recrutamento de portugueses para guerras na Europa e nomeação de castelhanos para cargos em Portugal.
1.2. Estas razões colidem com o que ficou determinado e prometido nas Cortes de Tomar, em 1581, que Filipe II havia assinado e nas quais se comprometia a não subir os impostos sem consultar as cortes e a garantir que fossem somente portugueses a ter cargos em Portugal e nas colónias, além de se manter o português como lingua oficial e manter-se a nossa moeda.
1.3. O acontecimento marcante da História de Portugal que teve lugar no dia 1 de De- zembro de 1640 foi a Restauração Portuguesa, após 60 anos de domínio filipi-no/espanhol. Os 40 conjurados (nobres revoltosos) tomaram o Palácio e prenderam a Duquesa de Mântua, representante de Filipe IV em Portugal. Aclamaram o 8.º Duque de Bragança (neto de D. Catarina) como Rei de Portugal, com o título de D. João IV, que iniciou, assim, a 4.ª Dinastia (de Bragança)em Portugal, que durou até 1910, quando em 5 de Outubro desse ano, foi proclamada a República.
2.1. Engenho era a propriedade de grandes extensões com plantação de cana-de-açúcar e um conjunto de equipamentos utilizados para produzir açúcar, no Brasil dos séc.XVII-XVIII.
2.2. As partes de um Engenho são: o Engenho (equipamentos fabris de confecção do açúcar); a Senzala (área de palhotas onde residem os escravos); a Casa Grande (Habitação dos Donos/Capitães do Engenho).
3.1. O aumento de interesse dos Portugueses pelo comércio atlântico, a partir dos finais do séc. XVI, prende-se com a decadência do Império Português do Oriente e, consequentemente, o auge do comércio espanhol nas Américas. Perdida a Rota do Cabo, para o Oriente, Portugal intromete-se nas rotas comerciais espanholas e vira-se para o Brasil, no Oceano Atlântico.
3.2. Ver mapa da pág. 83 do manual.
3.3. O desenvolvimento económico do Brasil prende-se com a exploração de novas culturas, sobretudo a cana-de-açúcar e o tabaco. Para isso, no contexto do comércio triangular, no Atlântic, entre a Europa, a África e as Américas, iam obter-se escravos a África para trabalhar como mão-de-obra nas explorações dos Engenhos, pois eram vitais para o desenvolvimento económico do Brasil, na medida em que os Índios não se adaptavam a esse trabalho.
3.4. A Restauração da Independência prende-se com a exploração económica do Brasil, pois desta colónia chegavam as matérias-primas (açúcar, tabaco, café, madeiras) para a Metrópole, que as utilizava para pagar as suas dívidas ao exterior. Por outro lado, a descoberta de Ouro e de Diamentes contribuiu para manter o luxo da Corte e pagar as despesas ao estrangeiro.