domingo, 20 de abril de 2008

Um dia como mulher do Capitão








Eu sou a senhora D. Fátima Marques, esposa do Capitão Manuel Fernandes. Com ele, tive dois filhos: a Victória e o Vasile.
Normalmente o meu dia consiste em acordar um pouco depois do meu esposo, logo pelo romper da aurora. Trato da minha higiene pessoal com o auxílio da minha escrava pessoal, que me auxilia a vestir, a pentear e a calçar. Já pronta, saio do meu quarto e dirigo-me para a sala de jantar, onde tomo a refeição da manhã, na companhia dos meus dois filhos.
De seguida, os meus filhos têm aulas particulares em casa. Por isso, aguardo junto deles pelo professor/tutor. Chegado este, vou dar um passeio pelos campos para certificar-me se está tudo bem. Regresso a casa para ter a certeza se as aulas dos meus filhos decorreram sem incidentes. Então, para evitar a rotina da Fazenda e do Engenho, onde habito, peço a uma escrava que me leve até à cidade mais próxima para fazer algumas compras (tecidos europeus, perfumes de França e enchidos da metróplole).
Para surpresa minha, ao sair de uma das lojas, encontro-me com a minha amiga Genoveva, a esposa do Capitão Paulo. Depois de uma breve conversa, convido-a a jantar comigo, na companhia do seu esposo. Aceite o convite, despeço-me e volto a casa, numa liteira, carregada por quatro escravos.
Chegada a casa, e após verificar que os meus filhos realizaram os seus trabalhos escolares, vou à cozinha e dou instruções para ser servido o jantar aos visitantes.
Entretanto arranjo algum tempo para a leitura de um livro. O meu filho Vasile vai ao terreiro para brinacar, enquanto a Victória se abeira de mim para me dizer que está apaixonada por um escravo. Receio por ela,porque o pai nunca admitiria uma relação destas. Mas,mesmo assim, encorajo-a a seguir em frente, com os seus sentimentos, se o amar de verdade.
Ao anoitcer, na companhia dos meus filhos e esposo, recepcionamos os convidados: o Capitão Paulo e a sua esposa, D. Genoveva, que são encaminhados para a sala de estar a fim de conversarmos um pouco, enquanto se dão os últimos preparos para o jantar.
A escrava Beatriz acaba de informar que a refeição está pronta. De imediato passamos para a sala de jantar que consta de aves exóticas assadas, sucos de manga e paia, para as crianças, e vinho português para os adultos.
Ne novo na sala de espera, conversamos um pouco mais até que, pelo adiantado da hora, os visitantes se afastam, com destino a sua casa, após os mais cordiais agradecimentos e despedidas, entre ambas as famílias.
De repente já são horas de dormir. Então, vamo-nos todos deitar. Despeço-me, antes dos meus filhos que felizes se retiram e, assim, repousamos todos de um sono recon-fortante, até ao dia seguinte.

Fátima Marques, n.º 6, 8.º ano - turma A.

Um comentário:

ana. disse...

Gostei do texto da tua aluna. E o blog está muito interessante e apelativo. Resta esperar que os nossos alunos aproveitem estas novas tecnologias ao seu dispor e melhorem os conhecimentos.