quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Bem-vindos ao Mundo de Clio - a Musa da História


Olá amiguinhas e amiguinhos:
Chamo-me Clio e sou uma musa, filha do Deus Zeus e de Mnemósine. Tal como as minhas outras oito irmãs, sou uma cantora divina, que alegro o meu Pai. Sou, também, a protectora da História. Tenho como símbolos: a trombeta da fama, a coroa de louros, o globo (que significa o espaço), a clépsidra (que significa o tempo) e o livro fechado (que tem a ver com o saber do passado).
Como tenho essa tarefa, vou acompanhar-vos durante os próximos três anos, do sétimo ao nono anos de escolaridade, tendo como assessor o professor Joaquim Veiga, que se encarregou e disponibilizou de vos dar novidades minhas, pelo menos ao longo deste ano lectivo, que se inicia. Vou tentar ser assídua e, das nuvens da História, vou fazer-vos chegar novidades que, espero serem do vosso total agrado.
Para já, mando-vos o meu retrato, conforme alguns artistas me imaginaram para terem uma ideia de quem sou e como me apresento para encantar divindades, reis e ilustres personagens. Quem sabe, vocês também o são e, por isso, aqui estou a enviar-vos esta missiva de saudação para desfrutarem de um profícuo ano lectivo.

Aproveito apresentar o retrato do vosso professor, que irá começar a contar-vos umas histórias perdidas no tempo, algures em África, onde há milhões de anos existiram os nossos primeiros antepassados. Daí dizer-se que a África é o Berço da Humanidade. Espero que gostem dessa aventura ancestral com primatas a saltar de galho em galho e, quem sabe, tornarem-se homens primitivos, porque a Natureza faz desses milagres. Adocei-vos o apetite? Vejam estas imagens e pensem um pouco.
Beijinhos da vossa Clio.

Olhem só para isto: a Hominização nunca mais acaba!... Quem me explica esta evolução toda?

A importância do Fogo na vida do homem no Paleolítico



O domínio do fogo, pelo Homo Erectus,foi determinante para a libertação do homem em relação à natureza e aos outros animais. O fogo humanizou o próprio homem primitivo e dotou-o de sentimentos, possibilitando-lhe - por consequência - a sua própria socialização.
De facto, o fogo transformou a vida do homem, permitindo-lhe o aquecimento e a iluminação das cavernas, garantindo-lhe a defesa pessoal, face aos animais ferozes, que fogem do fogo.
Na alimentação, ao cozinhar os alimentos, estes tornam-se mais saudáveis, macios e agradáveis, facto que viria a repercutir-se na estrutura dos maxilares, que se tornam menos proeminentes.
O fogo possibilitou trabalhar com maior precisão os objectos que o homem fabricava. Moldando-os com o fogo, obtinha formas mais diferenciadas e resistentes.
Por último, o fogo foi decisivo para o convívio à volta da fogueira entre os elementos do grupo, tornando-os mais unidos. A linguagem, por consequência, desenvolve-se e os laços sentimentais reforçam-se, dando origem às primeiras famílias. A sexualidade humaniza-se, isto é, a disponibilidade sexual entre o homem e a mulher é para toda a vida e estabelecem-se laços de afectividade e de sentimento entre o homem e a mulher, que constituirão um núcleo social importante para a protecção dos filhos indefesos e o reforço da relações sociais.

A Hominização


PROCESSO DE HOMINIZAÇÃO

Desde as suas remotas origens até aos nossos dias, o homem sofreu um longo e lento processo de evolução física e intelectual, que vulgarmente chamamos de Hominização.

São cinco as etapas desse processo:

1. Australopiteco que surgiu aproximadamente há 4 milhões de anos na África Austral e Oriental.

Era um hominideo de pequena estatura (1,20m) com fronte baixa e face longa. Dispunha de arcadas supraciliares proeminentes e queixo saliente. Iniciou uma locomoção bípede e a sua caixa craniana rondava os 450 cm3.
Era nómada que se abrigava em esconderijos e abrigos naturais e alimentava-se sobretudo de raízes, bolbos, grãos, frutos e alguma caça de pequeno porte. Era essencialmente recolector. Servia-se de pedras e paus para se defender e obter alimentos, sem desenvolver tecnologias de fabrico próprias.



Desta espécie há a referir a descoberta das ossadas da nossa "Avó Ancestral", então denominada de Lucy, em 1978, na Etiópia, conforme se verifica na figura. Dadas as suas características, com ossos da bacia muito desenvolvidos, pensou tratar-se de um exemplo do sexo feminino.






2. Homo Hábilis surgiu por volta dos 3,3 milhões de anos na África Oriental e apresentava pequena estatura com uma capacidade craniana de 600/800 cm3. Tinha arcadas supraciliares acentuadas. Sendo nómada, construiu abrigos contra o vento e cabanas ocasionais.
Além de recolector já era caçador e utilizava armadilhas e emboscadas. Vivia em bandos, deslocando-se e caçando animais de pequeno porte, em grupo, e partilhava a caça entre si.




Já fabricava instrumentos - Seixos Quebrados - e utilizava, provavelmente, uma linguagem rudimentar de grunhidos e gestos.
Por fabricar utensílios, manifestava aptidão inteligente que implicava:
- compreensão relativamente ao fim a que desejava alcançar e os meios que devia utilizar;
- sabedoria porque fazia operações e gestos precisos.


3. Homo Erectus / Homo Ergaster apareceu inicialmente em África, por volta de 1,6 milhões de anos e emigrou mais tarde para a Europa e a Ásia. Apresentava robustez e era de estatura elevada e compleição mais robusta. A sua verticalidade era mais acentuada, com uma capacidade craniana de 800/1100 cm3. Era nómada e construia abrigos e cabanas mais complexas que o Homo Hábilis. Já revelava cooperação social e praticava já a caça grossa.
















O povoamento da Ásia e da Europa obrigou necessariamente ao desenvolvimento de novas formas tecnológicas de sobrevivência:
- vestuário;
- habitações mais complexas, habitando sobretudo em grutas e cavernas (Troglodita);
- Instrumentos mais aperfeiçoados - os BIFACES;


- Praticava já uma linguagem gestual;








- Uso controlado do fogo, que melhorou o regime alimentar e conservação dos seus alimentos, protecção contra o frio e eventuais predadores. Tais factos permitiram o prolongamento da vida e, portanto, o aumento da população. O fogo contibuiu para o reforço de laços de convívio e de afecto, contribuindo para a comunicação e os laços de família.



4. Homo Sapiens (Neanderthal)













As suas origens remontam a 300.000 anos aproximadamente, no Paleolítico Médio. Inicialmente surge em África, Europa e Ásia, expandindo-se posteriormente para o continente americano e para a Oceânia.
A sua compleição física é rude e atarracada, para fazer face ao clima glaciar. Revela uma grande capacidade craniana (1400/1600cm3), arcadas supraciliares salientes e fronte baixa e fugidia.



É considerado o primeiro hominideo que se dedicava a Grandes Caçadas, já que pratica a caça grossa, com técnicas e emboscadas muito aperfeiçoadas.
Domina a linguagem e revela uma evolução especializada no sentido da adaptação e sobrevivência, ao longo do ano, em climas rigorosos (cabanas aperfeiçoadas e peles para vestuário).
Domina a técnica de lascas através do fabrico de lâminas, raspadores e pontas de seta;



Demonstra uma espiritualidade evidente, pois preocupa-se com o Além, uma vez que pratica rituais funerários, isto é, faz a sepultura dos seus mortos em posição flectida, juntamente com os seus objectos pessoais e deposição de flores. Praticava o canibalismo e fazia o culto dos crânios.



5. Homo Sapiens-Sapiens (Cro-Magnon)



Entre 50.000 e 10.000 anos, no Paleolítico Superior, durante as últimas glaciações, surge o Homo Sapiens-Sapiens, que se expande por todos os continentes. A sua capacidade craniana oscila entre os 1450/1700 cm3 e revela uma estatura elevada, com traços físicos sensivelmente iguais ao homem actual. A sua face é plana e de fronte elevada, de crânio arredondado. Por isso, é a última etapa do processo de Hominização. A sua linguagem é articulada.



O Homo Sapiens-Sapiens (Cro-Magnon) vivia em grutas, cavernas e cabanas itenerantes. Era recolector e predador de grandes presas (bizontes, mamutes) e praticava a pesca. O grupo organizava-se em Clãs, isto é, grupos unidos por laços de parentesco, cujo chefe era o mais velho e repartiam sexualmente as tarefas entre si.








Desenvolveu técnicas industriais de fabrico muito diversificadas e úteis, de pequeno tamanho (micrólitos). Construiu arpões, lâminas, raspadores, agulhas, buris, lanças, setas, flechas e propulsores. Para esse fim, utilizou diversos materiais: osso, chifres, dentes, madeira, pedra.
Cobria-se de peles e adornava-se com colares de dentes de marfim, de conchas ou de marfim.
Inventou a Arte Parietal ou Rupestre, sobre as paredes de grutas e cavernas. Desenvolveu a escultura (estatuetas e propulsores) e já conservava os seus alimentos, os quais defumava e secava.

terça-feira, 16 de junho de 2009

"Os Persas" de Ésquilo - dramatização




Numa perspectiva interdisciplinar, os professores de Língua Portuguesa e de História da turma do 7.º ano - C dinamizaram uma peça de teatro com um conjunto de alunos, de modo a explorar as virtualidades do texto dramático, por um lado, e a peculiaridade da prática teatral entre os Gregos, na época Clássica. Para o efeito, seguiu-se com algum rigor o propósito do teatro como festa primaveril em honra de Dioniso, deus do Vinho e do Teatro, em honra do qual eram colocadas coroas de flores na cabeça dos actores, o uso de cítaras, escudos e túnicas. Também os cenários, adereços e trajes foram confeccionados pelos alunos e professores de Língua Portuguesa e de História envolvidos no projecto.
Esta pequena apresentação integra-se perfeitamente no âmbito da comemoração do Dia Internacional da Família (Dia 15 de Maio), já que através destes momentos foi possível ler e divulgar o livro, como instrumento didáctico que reforça as aprendizagens, com o envolvimento de pais e encarregados de educação, alunos e professores envolvidos.



Para o efeito, foi apresentada a peça “Os Persas”, de Ésquilo, um autor de tragédias que procurou retratar, de uma forma irónica, a humilhante e trágica derrota dos Persas face os exércitos gregos, no âmbito das Guerras Médicas ou Pérsicas.
Ao longo do desenvolvimento da acção, foram surgindo personagens (Coro dos Velhos, Corifeu, Mensageiro, Rainha Atossa, Rei Xerxes e a Sombra de Dario) cujo protagonismo foi ilustrando em crescendo o lado trágico da corte de Susa, capital da Pérsia na época de Xerxes, que foi tomando conhecimento do fatal desastre persa, que mergulhou um reino num fatal destino e ruína.

"As Mulheres de Atenas" - coreografia



No âmbito dos conteúdos programáticos da disciplina de História, um grupo de alunos da turma do 7.º Ano - C apresentou uma pequena coreografia da música “Mulheres de Atenas”, do músico e compositor brasileiro, Chico Buarque.
Esta pequena mostra teve lugar na nossa biblioteca, no passado dia 15 de Maio, na presença de pais e encarregados de educação, professores e alunos de três turmas: B e C do 7.º Ano e a turma C do 8.º ano.
Os cenários, adereços e trajes foram confeccionados pelos alunos e professores de Língua Portuguesa e de História envolvidos no projecto, de forma a divulgar junto da comunidade escolar outras práticas de aprendizagem, já que a gestualidade e a expressão dramática possibilitam vivenciar e interiorizar duma forma activa e emotiva os conteúdos.



A actividade foi do agrado de todos os presentes que se deixaram fascinar pela humildade de actos banais e do quotidiano, que afinal são uma mais valia para o reforço das aprendizagens e uma oportunidade impar e única de partilha com os demais elementos da comunidade educativa.

Exposição de Castelos e Trabalhos de História e H.G.P.



No âmbito do Plano Anual de Actividades, das disciplinas de História e Geografia de Portugal de algumas turmas do 6.º ano de escolaridade e de História do 7.º ano - turma C, está patente na nossa biblioteca uma Exposição de Trabalhos relativos à Idade Média e um conjunto de maquetas de Castelos daquele período histórico.



Esta exposição surgiu, igualmente, na sequência dos eventos "Um dia num Porto Medieval" e da "Feira Medieval" dinamizados em parceria coma a Câmara Municipal e restantes escolas básicas do concelho de Albufeira, que decorreram entre 27 e 30 de Maio último.



O que mais fascina nestes trabalhos de pesquisa e práticos (maquetas de castelos) é o sentido da criatividade dos alunos para reforço das suas aprendizagens e domínio de competências transversais ao normal currículo, que têm proporcionado aos inúmeros visitantes deixarem-se vogar por uma onda de criatividade, originalidade e inovação na utilização de materiais diversos (esferovite, contraplacado, barro, pedras, cartão), com os quais foi possível dar corpo a esta exposição que vale pela cor e pela beleza das formas. São testemunhos simples mas o seu colorido e forma ilustram o esforço e empenho dos alunos para materializar este projecto, suscetível de partilha junto da comunidade educativa.














Por último, esta exposição integra-se também no âmbito da Semana da Ciência que está a decorrer em simultâneo nas salas 4, 7, 14 e 15, emtorno de áreas tão diversas como as Ciências Naturais, Matemática e Ciências Físico-químicas, cuja mostra está disponível e acessível a toda a comunidade educativa do Agrupamento Vertical de Escolas.

domingo, 3 de maio de 2009

Guia de Actividades para o Teste de Avaliação

1. A CIVILIZAÇÃO GREGA
a) Refere as origens do Teatro grego.
b) Identifica os géneros teatrais desenvolvidos pelos gregos e algumas obras e autores de teatro.
c) Aponta as diferenças entre comédia e tragédia.
d) Comenta a seguinte afirmação: "Com o Teatro, os Gregos prestavam um culto pan-helénico", muito importante.
e) Identifica num tatro grego, os principais espaços que o constituem.
f) Refere as vantagens de os actores gregos representarem com o rosto coberto por máscaras.
g) Indica o nome de alguns historiadores e filósofos gregos.
h) Indica qual o objectivo da filosofia, entre os gregos.
i) Distingue as três ordens de colunas (Dórica, Jónica e Corintia) utilizadas pelos gregos.













j) Identifica templos dessas ordens arquitectónicas.













k) A arte, entre os gregos, estava à medida da cidade e do cidadão. Comenta esta frase.

l) Compara a escultura do Período Arcaico com a do Período Clássico.






m) Aponta os temas e técnicas da pintura cerâmica grega.

2. CIVILIZAÇÃO ROMANA
a) Localiza num mapa as várias fases do IMpério Romano, a cidade de Roma, Mar Adriático, Mar Tirreno, Cartago, Egipto, Grécia, Gália.
b) Aponta as motivações ou causas da expansão romana.
c) Caracteriza o exército romano, no contexto das conquistas.
d) Identifica algumas técnicas usados pelos exércitos romanos.
e) Refere algumas armas romanas.
f) Define Romanização.
g) Aponta os factores ou meios da Romanização.
h) Identifica os principais agentes da Romanização.
i) Das páginas do livro para o teste (pág. 66 a 82) observa figuras e textos, para que os possas analisar.