domingo, 20 de abril de 2008

Dos Impérios Europeus à Restauração e ao Mercantilismo - como estudar


Para estudares, com algum método, elabora as palavras cruzadas da Ficha 10 do teu caderno de actividades, na página 44.
De seguida, tenta realizar as outras questões dessa ficha e, ainda, as fichas 11 (pág. 46 e 47) e 12 (pág. 51 e 52), do mesmo Caderno de Actividades.
Procura resolver todas estas fichas com o apoio do teu livro, do seguinte modo:
FICHA 10: págs. 78 a 80 (lê os textos e observa as imagens);
FICHA 11: págs. 84 e 85 (adopta os mesmos instrumentos do livro para realizares esta ficha);
FICHA 12: págs. 94 a 98. Pede o apoio dos teus pais ou do professor que dá Estudo Acompanhado.
Na próxima 5.ª feira, colocarei as correcções destas fichas, para estudarem para o teste e a ficha de avaliação.

Um dia como mulher do Capitão








Eu sou a senhora D. Fátima Marques, esposa do Capitão Manuel Fernandes. Com ele, tive dois filhos: a Victória e o Vasile.
Normalmente o meu dia consiste em acordar um pouco depois do meu esposo, logo pelo romper da aurora. Trato da minha higiene pessoal com o auxílio da minha escrava pessoal, que me auxilia a vestir, a pentear e a calçar. Já pronta, saio do meu quarto e dirigo-me para a sala de jantar, onde tomo a refeição da manhã, na companhia dos meus dois filhos.
De seguida, os meus filhos têm aulas particulares em casa. Por isso, aguardo junto deles pelo professor/tutor. Chegado este, vou dar um passeio pelos campos para certificar-me se está tudo bem. Regresso a casa para ter a certeza se as aulas dos meus filhos decorreram sem incidentes. Então, para evitar a rotina da Fazenda e do Engenho, onde habito, peço a uma escrava que me leve até à cidade mais próxima para fazer algumas compras (tecidos europeus, perfumes de França e enchidos da metróplole).
Para surpresa minha, ao sair de uma das lojas, encontro-me com a minha amiga Genoveva, a esposa do Capitão Paulo. Depois de uma breve conversa, convido-a a jantar comigo, na companhia do seu esposo. Aceite o convite, despeço-me e volto a casa, numa liteira, carregada por quatro escravos.
Chegada a casa, e após verificar que os meus filhos realizaram os seus trabalhos escolares, vou à cozinha e dou instruções para ser servido o jantar aos visitantes.
Entretanto arranjo algum tempo para a leitura de um livro. O meu filho Vasile vai ao terreiro para brinacar, enquanto a Victória se abeira de mim para me dizer que está apaixonada por um escravo. Receio por ela,porque o pai nunca admitiria uma relação destas. Mas,mesmo assim, encorajo-a a seguir em frente, com os seus sentimentos, se o amar de verdade.
Ao anoitcer, na companhia dos meus filhos e esposo, recepcionamos os convidados: o Capitão Paulo e a sua esposa, D. Genoveva, que são encaminhados para a sala de estar a fim de conversarmos um pouco, enquanto se dão os últimos preparos para o jantar.
A escrava Beatriz acaba de informar que a refeição está pronta. De imediato passamos para a sala de jantar que consta de aves exóticas assadas, sucos de manga e paia, para as crianças, e vinho português para os adultos.
Ne novo na sala de espera, conversamos um pouco mais até que, pelo adiantado da hora, os visitantes se afastam, com destino a sua casa, após os mais cordiais agradecimentos e despedidas, entre ambas as famílias.
De repente já são horas de dormir. Então, vamo-nos todos deitar. Despeço-me, antes dos meus filhos que felizes se retiram e, assim, repousamos todos de um sono recon-fortante, até ao dia seguinte.

Fátima Marques, n.º 6, 8.º ano - turma A.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

quarta-feira, 16 de abril de 2008

RESTAURAÇÃO PORTUGUESA


Completa as palavras cruzadas, ao lado. Não te esqueças de ampliar a imagem, para melhor a visualizares.

COLBERTISMO


Completa os espaços em branco, do texto ao lado. Guia-te pelo teu livro, na pág. 96. Para melhor leres o texto, carrega sobre ele, para ficar mais ampliado.

Mercantilismo


Preenche o Crucigrama, ao lado, relativo ao Mercantilismo/Colbertismo. Não te esqueças de carregar sobre ele, para ficar mais ampliado. A seguir, e com a ajuda do teu manual, tenta fazer um texto sobre o mercantilismo, partindo dos conceitos que encontraste.

O REGRESSO AO ATLÂNTICO


Depois de resolvido o problema, tenta - com a ajuda do teu manual ou um dicionário - encontrar o significado das palavras e conceitos seguintes: Engenho, Comércio Triangular, Bandeirantes.

Ao carregares na Sopa de Letras, esta fica mais ampliada.


A Sociedade de Antigo Regime

Lê o seguinte texto com atenção. Se necessário, consulta um dicionário. De sequida, completa o esquema, que se encontra a seguir ao texto, e que tem a ver com os diversos estratos (níveis) de cada Ordem (Estado) Social, da Sociedade de Antigo Regime, no séc. XVIII. Não te esqueças que o texto ajuda-te a preencher o esquema. Se carreagares ou no texto, ou na figura, ambos ficam mais ampliados, para melhor leitura e análise.

FACTORES/Causas da Restauração Portuguesa


Tenta encontrar na sopa de letras as palavras indicadas (Filipe III, Revolta Manuelinho, Pirataria, Impostos, Motins, Dinastia de Bragança, Alterações de Évora, Real de Água, 1640, Revoltas, Rendas), relativas aos factores que estiveram na origem da Restauração Portuguesa, em 1640.De seguida tenta fazer, no teu caderno, ou no comentário deste texto, a tua opinião sobre as causas da Restauração. Se carregares na sopa de letras, esta fica mais ampliada, para trabalhares mais facilmente.





João - Capitão de um Engenho de cana-de-açúcar


Era um dia claro, com um sol radiante. Sou comerciante, dono de vastas plantações de cana-de-açucar. Hoje decido ir ao outro lado do Brasil, visitar o Capitão Manuel Amorim.

Sempre fui um comerciante contra o abuso imposto aos escravos, mas desde sempre conheci o Capitão Manuel Amorim como um homen bom.

Quando lá cheguei, vi coisas incríveis. A um poste estava preso um escravo negro, atado pelo corpo todo, à excepção das suas costas. Atrás de si, estava um lavrador que, de imediato e pelos gritos, percebi que se chamava Vasyl, com um enorme chicote a açoitar um escravo. Este tinha faltado ao respeito do Capitão, pois cada vez que levava uma chicotada, gritava e pronuncia-va ofensas ao Capitão e ao lavrador.

A senzala, que não ficava muito longe do poste, era grande e feita em madeira e outros materiais, com correntes para que os escravos não saíssem de lá. De dentro das palhotas ouviam-se alguns gritos a chamar pelo Aladje. De imediato percebi que era o escravo acorrentado ao poste.

Sempre tive boa impressão da mulher do Capitão e dos seus dois filhos. Sei que eles detestavam ver escravos a ser maltratados. Quando olhei para a enorme casa, vi-os a chorar. Fui ter com eles, que me disseram que o Aladje era um bom homem e que, por isso, não deveria ser mal tratado.

Depois do escravo ter sido açoitado, dirigi-me ao Capitão Manuel e fiz-lhe a proposta de trocar o Aladje por cem paus de cana-de-açúcar e o lavrador Vasyl por duzentos .

O Capitão respondeu-me de imediato que trocaria o Vasyl, mas a proposta pelo Aladje era de todo impossível. Fiquei muito triste pela resposta, mas insisti no negócio, dizendo que trocaria o Aladje por todas as minha plantações existentes em Brasília. O Capitão Manuel rindo-se, disse-me que eu deveria estar doido ao pretender trocar todas as minhas terras por um escravo inútil. Afirmou-me ainda que tinha dinheiro de sobra, pelo que negou a minha proposta.

Como conheço muito bem o Capitão Manuel, que sempre se deitava cedo, à noite fui à sua mansão e combinei com a sua filha Victória para me dar as chaves da senzala, com um intuito de roubar o Aladje e levá-lo para a minha casa. Também sabia que o lavrador Vasyl já não rondava a Casa Grande do Capitão, pois já me pertencia. Por isso, foi fácil pegar no Aladje que gemia muito de dores. Consegui removê-lo da senzala com alguma dificuldade, pois era muito pesado.

Este episódio acabou por me ser útil, já que no dia seguinte dei uma carta de alforria (libertação) aos meus escravos, que de imediato seguiram para os seus países de origem.


João Cruz,

8.º Ano - A, n.º 10

Brendo - o filho ilegítimo



Estamos em 1692, no Rio de Janeiro. Chamo-me Brendo e sou filho ilegítimo do Capitão, dono do Engenho.
Vou contar-lhes a minha história:

A minha mãe foi trazida de África para se tornar escrava. Chegada ao Brasil, trabalhava para o Capitão na sua enorme casa, como doméstica. Lavava as roupas do Capitão e da família, fazia a comida e limpava a casa.
O Capitão, apesar de ter a sua mulher, dormia sempre com as suas escravas. Foi dum fortuito encontro amoroso que eu nasci. A esposa do Capitão era muito bonita e era branca; mas o Capitão gostava da minha mãe, mesmo sendo negra.

Nasci naquele ano, e como todo o mulato, fui tratado com mais respeito, tendo acesso ao estudo e ser respeitado. Pude aprender a ler e a escrever.

Gostaria de ser comerciante, para negociar com os índios e obter diamantes e ouro no sertão. Contudo, não quero saber de trabalhar, pois sou um pouco preguiçoso.

Na casa do meu pai - o Capitão Manuel - havia de tudo: comida, roupa e, às vezes, dinheiro. Eu não queria ficar naquela casa. O meu pai, depois do parto, mandou a minha mãe para a senzala. Ela muito triste, tentou raptar-me e fugir da fazenda.

Como era de esperar, foi apanhada e atada ao poste, onde eram castigados os escarvos que tentavam evadir-se do Engenho.

A minha mãe foi atada e chicoteada, não aguentou e morreu.

Na sequência deste facto, tenho raiva do meu pai, que continua a dormir com as suas outras escravas.


Brendo Barreiros,

8.º ano - A, n.º 4.

História da Amante Negra do Capitão


Chamo-me Beatriz, escrava pessoal da senhora D. Fátima e amante do Capitão Manuel Fernandes. tenho dois filhos chamados Brendo e Felipe.
Habito na senzala , mas responsabilizo-me pela Casa Grande do Capitão, onde trato da roupa, confecciono a comida e cuido dos filhos da senhora D. Fátima.
O meu dia começa muito cedo, pelas cinco da manhã, pois tenho que preparar o pequeno-almoço dos patrões, que se baseia em frutos tropicais (manga, papaia, maracujá), bolos de leite e coco, leite fresco, acabado de ordenhar da vaca.
Quando os senhores saiem, vou arrumar-lhes os seus aposentos.
Esse dia foi diferente, pois a filha do capitão contou-me que estava, então, apaixonada pelo meu filho Brendo. Nem eu nem o Capitãoachamos grande ideia esse facto, pois eles são irmãos e não têm conhecimento disso. O Capitão pôs a sua filha de castigo, fechada no quarto, durante uma semana sem ver ninguém. Somente as escravas aí entravam, já que o Capitão a proibiu de sair do quarto, até para comer.

Já ao final do dia, servi o jantar e, como sempre, elogiaram-me pelo saboroso banquete que preparei...

Depois desse banquete, tive uma conversa com o Capitão, que pensava que eu tinha "saudades" de estar com ele, mas trouxe-o à realidade e expliquei-lhe a gravidade da situação.

O Capitão Manuel Fernandes só pretendia saber como a comunidade iria reagir depois de saber que uma rapariga branca, de uma classe alta, se envolvveria com um escravo de origem negra.

Depois desta conversa, fui ter com o meu filho Brendo para lhe explicar a situação, acabando por afirmar que teria de evitar os encontros com a filha do Capitão.

depois de toda a família se retirar para os seus aposentos, fui para a senzala, onde havia uma festa, em que todos dançaram, beberam e se divertiram...
até que .... o capitão apareceu e acabou de imediato com a divertida festa.

Beatriz Carrilho,


8.º Ano - turma A, n.º 3.

Mais um dia no Engenho de Açúcar


Voltei ao século XVII para contar um dia da minha vida.
Logo de manhã, às seis horas, ainda o sol não estava no horizonte, veio ter comigo o chefe branco a chamar-me para a lavoura da cana-de-açúcar.
Antes de iniciar esse dia tão árduo de trabalho, passei pelo terreiro a citar o nome de Alá, com o objectivo de Lhe pedir forças para mais um dia, pois sou um escravo africano, dependente de colonos portugueses.
Fogo!... passo a manhã toda a fazer trabalhos sujos e pesados e, à hora de almoço, o lavrador branco traz-me um mísero prato de farinha de mandioca para acompanhar com água.
Quando esse colono me passou o prato à minha frente, cuspi na comida. O lavrador quis obrigar-me a comer aquilo. Eu, oferecendo-lhe resistência, atirei-lhe com o prato à cara e maltratei-o com alguns gestos de capoeira, que treino à noite com os meus amigos na senzala.
Agora, acorrentado a um poste, num quarto escuro, aguardo a pena à qual serei sujeito, por ter feito justiça com as minhas próprias mãos.
Provavelmente o meu castigo será levar cem chicotadas e ficar uma semana sem almoço e comi-da. Que injustiça esta, a minha vida como escravo... Lá na "N'ha Terra", eu era mais livre do que qualquer pássaro a voar no céu.
Estou p'ra aqui a pensar, e quando assentar o pó no galinheiro, vou fugir e ter com os meus amigos livres, escondidos no sertão.


Aladje Fati
8.º ano - turma A, n.º 1.